Atualmente, os produtores sul-americanos estão sendo expulsos do mercado da UE a tarifas, mas se não houver acordo sobre o Brexit, o Reino Unido abrirá uma cota isenta de impostos de 230.000 toneladas para todos os países licenciados para exportar para o Reino Unido.
Sob essa cota, a concorrência direta de “primeiro a chegar, primeiro a ser servido” aos produtores irlandeses de carne bovina, cujas entregas compõem a maioria das importações britânicas desse produto, pode vir do Brasil e da Argentina.
Tom Forshaw, analista de carne vermelha do AHDB (Conselho de Desenvolvimento da Agricultura e Horticultura), disse: “Na América do Sul, os custos de produção são significativamente mais baixos do que no Reino Unido e na Irlanda ... Assim, sua carne bovina pode ser uma opção atraente para os importadores, especialmente aqueles entregar produtos ao setor de catering, onde a origem nem sempre tem uma prioridade tão alta quanto no setor de varejo. ”Além disso, o custo do transporte de mercadorias através do Atlântico é estimado em aproximadamente cerca de 20 centavos de euro por kg, o que ajuda a manter um preço competitivo.Em um cenário em que as empresas sul-americanas podem estabelecer relacionamentos com fornecedores britânicos para aproveitar o acesso isento de impostos, isso pode afetar o preço de exportação irlandês e o preço doméstico do Reino Unido.
Forshaw também sugeriu que o Brasil poderia ter a oportunidade de reduzir ainda mais os preços, se não houver acordo. "Se você observar o preço dos cortes congelados desossados entregues em 2018, o preço brasileiro entregue ao Reino Unido será semelhante ao preço irlandês". - disse o analista.