A onda de inadimplência que varreu as fazendas do Brasil, principal produtor de grãos, tornou-se uma dor de cabeça para os comerciantes globais, que são seus principais credores, e criou problemas com o uso generalizado da troca.
Em batalhas nos tribunais de falências no principal estado agrícola de Matu Groma, os agricultores são confrontados com casas comerciais internacionais, como a francesa Louis Dreyfus Corp (LDC) e a empresa norte-americana Bunge Ltd, que emprestam ativamente aos produtores através do exclusivo sistema de troca do Brasil para proteger margens de lucro de novos traders chineses.
A escala da falência dos agricultores brasileiros está muito longe da situação de seus colegas americanos, que recentemente lutaram contra o clima extremo e uma guerra comercial com a China.No entanto, casos bem conhecidos indicam que no Brasil há riscos de má gestão agrícola, uma economia fraca e um controverso código de falências, o que cria problemas para os comerciantes, apesar do boom da soja causado pelas tensões comerciais e econômicas entre os EUA e a China.
Os comerciantes ficaram parados quando descobriram que os agricultores aos quais concedem empréstimos como indivíduos particulares geralmente podem solicitar proteção contra falência, mesmo que fossem empresas, dificultando o retorno de milhões de dólares de soja sob o contrato.Judini de Souza, diretor executivo da Amaggi, maior trader do país, disse que a recente onda de falências de agricultores no Mato Grosso é "um motivo de preocupação".